Após o golpe de morte,
os golpes despejados sobre mim
com objetos e armas já não
me doíam,
aquele corpo estraçalhado
já não era mais eu.
Encontrava-me livre de dor,
liberto das limitações do corpo humano.
Percebi-me rindo pelo espetáculo
esdrúxulo e grotesco que assistia.
Vi pessoas despejando sua raiva e intolerância
num objeto agora inanimado,
maltratando a consciência e acrescentando graus de culpa
para si próprias.
Se sujando com o que antes
era a minha carne
e agora é nada.
Eu finalmente
estou liberto, em paz,
livre do peso da carcaça
imunda.
Quem venceu?
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