Não quero mais
os litorais,
e tantos sais,
a maresia e a salina,
a chuva cheirando a peixe.
Não quero mais
os carnavais,
os ai ai ais,
os fevereiros,
os desordeiros.
Não quero mais
essa gente
que come hóstias e
curte cores e
cheira flores e
são tão imorais.
Quero que me deixem
em paz.
Quero eu e nada mais.
Eu só
já sou demais. Sou
uma multidão, não sou ninguém,
sou alguém entre ninguéns.
Não quero mais
essa gente
que come hóstias e
curte cores e
cheira flores e
são tão imorais.
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Igor Amorim
Muito rico, forte, em conteúdo e musicalidade. Exercer a sua crítica na sua própria identidade poética e estilo é muito interessante de ser ver, mantenha a pena livre o verbo solto e o coração leve e disposto a ver e transmitir a sua visão rica e singular sobre as imoralidades pelas quais temos que conviver.
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