sexta-feira, 27 de julho de 2012





Tudo
Azul
Para eu correr
Atrás de estrelas
Brilhantes
De luz
E fazer para elas
Pedidos
Brancos
De paz
Tudo
Rosa
Contra o preconceito
De cores
De escolhas
Entre ser ou não
Para mim
Uma aura
Mais colorida
Brilhante
Como purpurina.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

POBRE DOS FILÓSOFOS



Gritam os filósofos mortos
Em vão
Desconhecemos o que é filosofia
Não temos na memória
Nossos heróis que morreram
Não vemos fundamento em cultura
Ai, ai, ai!

Temos por filosofia
A guerra e a fome
A desigualdade, o preconceito
A ignorância e o pouco patriotismo
Temos na consciência
O projétil de bala voando no ar
Ai meu Deus! Ai meu Deus!
Deus?
Ai, ai, ai!

Pobre dos filósofos mortos
Que gritam!

Nesse lugar sem memória
Sempre mais e mais nos alienamos
Falamos mal de política
Nem sabemos de política
Como podemos falar mal?

A mídia
A música
A moda
A televisão nos impõem o ridículo
Nós, equinos de cabresto curto
A seguimos e somos iguais ridículos
Não sabemos ver por nossos olhos

Bestas se atracam, estragam festas e sábados
Antes não sair de casa do que ficar aqui drogado
Ai meu deus! Ai meu pai!
Pra qual Deus você roga?
Invente seu próprio Deus

Filósofos mortos não tem descanso!
Pobre dos ricos filósofos mortos!

TUDO É TÉDIO



Estou cansado
da mesmice
de meus dias.
Estou cansado
desse arroz com feijão rotineiro.


Há muito que trago em
meu rosto, um semblante
carregado e pesado de descontentamento.


Muitas coisas têm me feito
sentir ódio de muita gente.
Cansei de me sentir cada vez mais
incapacitado. Porém
meu cansaço não resulta em nada.


Sinto-me incapaz até mesmo para amar.
Quero me declarar como louco
que na loucura
é que está a saída
para que meu ego se realize como,
de que forma e quando quiser.


Não vejo o porquê de estender
esse poema.
Já disse o que tinha
pra dizer.

ACABE



Acabe comigo o tempo,
acabe comigo o vento,
arranhem-me os violinos,
implantem-me lábios postiços,
arranquem-me as unhas,
encravem-nas em meus olhos,
arranquem-me o nariz,
costurem-no em minha testa,
arranquem-me as tripas,
façam delas enfeites de natal,
arranquem-me os lábios,
façam deles um belo sorriso,
arranquem-me os dentes,
façam uma dentadura nova,
arranquem-me as orelhas,
pendurem novos brincos,
arranquem-me os cabelos,
tirem o meu couro cabeludo,
rachem minha cabeça,
me agarrem, me queimem.
Minhas cinzas
se foram no vento e voaram.

Agarrem-lhe vivo ou morto,
agarrem-lhe corpo morto,
agarrem-lhe corpo tosco.

Eia filho da...
da que é sem nome,
cobra criada,
vai se foder.

A puta pariu mais um
                             dois
                              três
                             quatro
                             cinco...

Fizeram lavagem cerebral no artista,
derrotaram o artista, não deram vaias ao artista.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

AQUELE QUE A VIDA NÃO ENSINOU A VIVER



Você tem medo dos fantasmas
De dentro da sua cabeça.
Você é tão criativo
Para seu mal.

Quem te priva da vida,
Das pessoas, das noites divertidas
É você, só você.
Não achando a resposta
E sem entender, culpa os outros,
Maldiz os seus dias.

Quem te faz declinar é você,
Quem não colhe o que é bom
É você. Tem raiva do mundo,
Quando o mundo foi leal a você.
Você é incompreensível
Por não compreender a si
Próprio.

Quem não te deixa gozar
Seu prazer é você.
Você é sua própria piada,
Sua própria desgraça.
Tem medo do bom,
Medo de arriscar a felicidade.

Quem te mata de ódio é você,
Finge que sorri, não mostra
Pros outros o amargo
Que é você
Por não saber viver.