segunda-feira, 23 de julho de 2012

POBRE DOS FILÓSOFOS



Gritam os filósofos mortos
Em vão
Desconhecemos o que é filosofia
Não temos na memória
Nossos heróis que morreram
Não vemos fundamento em cultura
Ai, ai, ai!

Temos por filosofia
A guerra e a fome
A desigualdade, o preconceito
A ignorância e o pouco patriotismo
Temos na consciência
O projétil de bala voando no ar
Ai meu Deus! Ai meu Deus!
Deus?
Ai, ai, ai!

Pobre dos filósofos mortos
Que gritam!

Nesse lugar sem memória
Sempre mais e mais nos alienamos
Falamos mal de política
Nem sabemos de política
Como podemos falar mal?

A mídia
A música
A moda
A televisão nos impõem o ridículo
Nós, equinos de cabresto curto
A seguimos e somos iguais ridículos
Não sabemos ver por nossos olhos

Bestas se atracam, estragam festas e sábados
Antes não sair de casa do que ficar aqui drogado
Ai meu deus! Ai meu pai!
Pra qual Deus você roga?
Invente seu próprio Deus

Filósofos mortos não tem descanso!
Pobre dos ricos filósofos mortos!

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